sábado, 23 de abril de 2011

Senhor da Chuva (2)

"Anatã sentiu uma forte vibração vindo da clareira logo abaixo do grupo.
Sinalizou para os irmãos,fazendo-os descer também.
Ao tocar o solo gramado da clareira teve certeza que ali
se concentravam feras demoníacas.
Vasculhou com seus olhos.
A mata densa envolta na clareira circular
não revelava nada. O grupo de quinze anjos, pouco a pouco pousou.
Alguns deles se ajoelharam, tocando o chão com as mãos.
Olhavam-se, trocando sinais positivos. Os olhos brilhantes estavam atentos e nervosos.
Anatã pousou a mão no cabo da espada.
Cheiro de luta. Anatã passou os olhos por seus soldados.
Atentos. A pele de bronze dos guerreiros resplandecia uma luz viva.
A presença maligna vinha em ondas, do meio das árvores.
Anatã apertou o cabo da espada nas mãos.
Um segundo depois, um rugido bestial sufocou o silêncio.
Olhos vermelhos e brasis surgiram no mato e trotaram em direção a clareira.
Demônios!"


O Senhor da Chuva, de Andre Vianco

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